Com o contágio da nova cepa, “é quase impossível não se contaminar”, alerta Margareth Dalcomo, da Fiocruz

A Fiocruz alerta que o crescimento rápido e expressivo do número de casos de Covid pode pressionar novamente o sistema de saúde. Até porque, em muitos estados, os leitos destinados a pacientes contaminados pelo coronavírus foram fechados, com a melhora dos dados da pandemia no segundo semestre de 2021. Assim, o percentual de leitos ocupados se refere a um número muito menor de vagas que existiam antes da vacinação.

“Um grande volume de casos, você tem mais chances de que haja uma ocorrência de um número significativo de casos graves, demandando leitos de UTI”, afirma Margareth Portela, pesquisadora da Fiocruz.

Pesquisadores da Fiocruz explicam que, com boa parte da população vacinada, e a menor severidade da doença provocada pela ômicron, o que vai aumentar a pressão sobre os hospitais é a enorme capacidade de contágio da nova cepa. Mesmo provocando doenças menos graves, se muita gente contrai, uma quantidade maior de pacientes acaba procurando as enfermarias e prontos-socorros. 

“A gente estima que seja aproximadamente 1% de casos que eventualmente vão precisar de leitos por uma doença grave causada por essa nova cepa circulando entre nós. Agora tudo depende, os números são muito relativos, 1% de 100 é muito pouca gente, mas 1% de 1 milhão já não é algo desprezível. É muita gente”, explica a pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, que analisa o momento:

A vacinação agora se torna ainda mais urgente.

“O fato da população estar protegida certamente está fazendo diferença em relação à reposta das pessoas. Quer dizer, um grande número de infecções sem muita gravidade”.

“O mais importante e estratégico para que todos entendam é que quanto mais vacinado com doses de reforços nós estivermos, mais protegidos nós vamos estar de uma cepa que, nós sabemos, é quase impossível não se contaminar”, destaca Dalcolmo.

Fonte: https://www.agendadopoder.com.br/manchete/com-o-contagio-da-nova-cepa-e-quase-impossivel-nao-se-contaminar-alerta-margareth-dalcomo-da-fiocruz/

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