Executiva Nacional do PT vota na próxima semana apoio à chapa Rodrigo Neves, governador; Felipe Santa Cruz, vice; e André Ceciliano, senador

 


 

 

A Executiva Nacional do PT vai votar na próxima quarta-feira proposta do vice-presidente nacional do partido Washington Quaquá de apoio à candidatura de Rodrigo Neves (PDT) ao governo do estado. A proposição foi formalizada à instância partidária decisória neste sábado (30), após ter se esgotado o prazo para que o PSB retirasse Alessandro Molon da disputa ao Senado, recobrando os termos originais do acordo pactuado entre as duas siglas.

Em conversa com os integrantes do colegiado, em grupos de mensagens, Quaquá tem dito que, a seu ver, as negociações com o PSB estão esgotadas, dada a relutância dos socialistas em cumprir o entendimento segundo o qual os candidatos aos cargos majoritários seriam indicados, com paridade, pelo PSB (governador) e pelo PT (senador).

 O documento a ser submetido à Executiva sugere o apoio formal do partido à chapa Rodrigo Neves-Felipe Santa Cruz, com André Ceciliano ao Senado, num amplo arranjo eleitoral ao centro, sob o comando dos prefeitos Eduardo Paes (PSD) e Fabiano Horta (PT).

– Não temos como manter essa aliança com o PSB, que além de estreitar a candidatura de Lula, descumpriu o acordo firmado e desmoraliza o PT no Rio – afirma Quaquá.

Como subsídio à análise dos companheiros de comando partidário, o vice-presidente oferece um detalhado levantamento do percentual de votos de todos os candidatos ao governo do estado e à prefeitura do Rio desde 1992. O cotejo dos números mostra que nenhum nome genuinamente de esquerda conseguiu mais do que 20% dos votos no estado e 25% na capital. Portanto, para vencer as eleições no Rio e ampliar o palanque de Lula seria necessário uma composição ao centro, infere o ex-prefeito de Maricá.

– Em 1992, Benedita chegou a 33% no primeiro turno da disputa da Prefeitura do Rio, mas ela era um fenômeno eleitoral muito maior do que a esquerda. Os números mostram que a esquerda só foi vitoriosa no Rio quando compôs com centro. Insistir com o apoio o Freixo é ignorar a realidade. Precisamos ampliar os palanques de Lula. Essa é a nossa única prioridade – afirma Quaquá.

Veja os percentuais dos candidatos ao Governo do Estado

1994

*Marcello Alencar (PSDB) 37%

*Garotinho (PDT) 30%

*General Newton Cruz (PDS) 14%

*Jorge Bittar (PT/PSB) 11%

1998

*Garotinho e Benedita (PDT/PT) 47%

*César Maia (PFL) 34%

*Luiz Paulo (PSDB) 15%

2002

*Rosinha Garotinho 51%

*Benedita (PT) 24%

*Jorge Roberto Silveira (PDT) 14%

2006

*Sérgio Cabral (PMDB/PT) 41%

*Denise Frossard (PPS) 24%

*Marcelo Crivella 18%

2010

*Sérgio Cabral (PMDB/ PT) 66%

*Gabeira (PV/PFL) 21%

*Peregrino (Garotinho) 11%

2014

*Pezão (PMDB) 41%

*Crivella (PRB) 20%

*Garotinho (PR) 19,7 %

*Lindbergh (PT) 10%

*Tarcísio (PSOL) 9%

2018

*Witzel (PSC) 41%

*Eduardo Paes (DEM) 20%

*Tarcísio (PSOL) 11%

*Romário (Pode) 9%

*Pedro Fernandes (PDT) 6%

*Índio da Costa (PSD) 6%

*Márcia Tiburi (PT) 6%

Veja os percentuais dos candidatos à Prefeitura do Rio

1992

*Benedita (PT) 33%
*César Maia (PMDB) 22%
*Cidinha Campos (PDT) 18%
*Albano Reis (PRN) 10%

1994

*Luiz Paulo (PFL) 40%
*Sérgio Cabral (PSDB) 25%
*Chico Alencar (PT) 22%
*Miro Teixeira (PDT) 9%

2000

*Luiz Paulo Conde (DEM) 35%
*César Maia (PTB) 23%
*Benedita (PT) 22,6%
*Brizola (PDT) 9%

2004

*César Maia (PFL) 50%
*Marcelo Crivella (PL) 22%
*Luiz Paulo Conde (PMDB) 11%
*Jandira Feghali (PCdoB) 7%
*Jorge Bittar (PT) 6%

2008

*Eduardo Paes (PMDB) 32%
*Gabeira (PV) 26%
*Crivella (PRB) 19%
*Jandira (PCdoB) 10%
*Molon (PT) 5%

2012

*Eduardo Paes (PMDB/PT) 65%
*Freixo (PSOL) 28%
*Rodrigo Maia (PFL) 3%

2016

*Crivella (PRB) 28% – 59% (segundo turno)
*Freixo (PSOL) 18% – 41% (segundo turno)
*Pedro Paulo (PMDB) 16%
*Flávio Bolsonaro (PSC) 14%
*Índio da Costa (PSD) 9%
*Osorio (PSDB) 9%
*Jandira (PCdoB/PT) 3%

2020

*Eduardo Paes (DEM) 37%
*Crivella (PRB) 22%
*Marta Rocha (PDT) 11%
*Benedita (PT) 11%
*Luiz Lima (PSL) 7%
*Renata Souza (PSOL) 3%

 

Fonte:  agendadopoder.com.br - Ricardo Bruno

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