Flamengo demite roupeiro que tem cargo de vereador e seria candidato a deputado

Clebinho Reis tem o cargo legislativo em Bom Jesus de Itapaboana, no interior do Rio

A diretoria do Flamengo demitiu o roupeiro Clebinho Reis, que trabalhava no clube há 20 anos. O motivo foi político. Ele era vereador por Bom Jesus de Itabapoana (RJ), a 330 quilômetros do Rio, mas queria se candidatar a deputado estadual nas próximas eleições. 

 

Clebinho é envolvido com política há anos, antes da gestão Rodolfo Landim chegar à presidência do Flamengo. O roupeiro foi candidato a vereador em 2020, venceu e agora o clube o orientou a desistir para permanecer.

 

O vice de futebol Marcos Braz também é vereador com pretensões nestas eleições, mas o clube vê os dois casos de maneiras distintas: enquanto o roupeiro era cargo remunerado, o posto de Braz é estatutário. 

 

Clebinho tinha bom relacionamento com o elenco e chegou a ganhar um carro do ex-jogador do Flamengo, Gerson, quando o meia foi vendido para o Olympique de Marseille, da França. O profissional fazia agenda na cidade no Norte do Rio em momentos de folga e estava com o time nos jogos e no dia a dia.

 

Desabafo

 

Na noite desta segunda-feira, o roupeiro falou sobre o assunto em uma transmissão ao vivo em suas redes sociais. Segundo Clebinho, ele ainda não foi oficialmente demitido e que os papeis estão com o presidente Rodolfo Landim ou no departamento de recursos humanos.

 

— Eu não pedi para ir embora, em momento algum eu pedi. Eu fui coagido, porque estava em viagem de cinco dias com Flamengo, cheguei quase 2h da manhã no aeroporto e falaram que o (Marcos) Braz e o (Bruno) Spindel queriam falar comigo. Tentaram me coagir para que eu não viesse como pré-candidato (a deputado estadual) — afirmou, antes de completar — Flamengo sempre foi minha primeira opção. Fico triste pelo que estão tentando fazer comigo.

 

Segundo Clebinho, em outro vídeo que circula nas redes sociais, o motivo alegado por Braz foi que "era impossível de administrar as duas funções", por isso era necessário escolher.


Fonte: por Diogo Dantas/Jornal O Globo

 

 

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