Em entrevista ao repórter Jan Niklas do Globo, o candidato do PT e de Lula ao Senado, André Ceciliano, afirmou que, em oito anos de mandato, o senador Romário não fez nada pelo Rio de Janeiro e está mentindo na campanha ao dizer que liberou verbas que, na verdade, nunca chegaram ao estado.
O Globo – Romário segue liderando com folga as pesquisas. Se a esquerda tivesse uma candidatura única não estaria com mais chances?
André Ceciliano – Mais de 80% dos eleitores não se decidiram ainda para o Senado. O candidato do Bolsonaro, que é o Romário, é muito conhecido, foi jogador de futebol, mas o eleitor não sabe que ele já é senador. Oito anos e não fez nada pelo Estado do Rio. Ao contrário. Ele mente na propaganda dizendo que trouxe mais de R$ 400 milhões, quando na verdade está no Portal da Transparência que empenhou R$97 milhões e liberou R$50 milhões.
O Globo – Ele alega que o restante é do orçamento secreto…
Ceciliano – Mas ele tem que dizer para onde foi. Ou ele está mentindo ou está escondendo. Ou pior ainda: não sabe o que está dizendo.
O Globo – Alessandro Molon manteve a candidatura dizendo que o acordo alegado pelo PT não foi firmado com ele. Como está a relação com o PSB hoje?
Ceciliano – Primeiro: lamento que o acordo não foi cumprido pela direção nacional do PSB. Segundo: o (Marcelo) Freixo disse que tinha um acordo com o Molon, mas isso são águas passadas.
O Gobo – No ato do ex-presidente Lula em Nova Iguaçu, Molon foi barrado e disse ter sido desrespeitado por ser presidente do PSB no Rio.
Ceciliano – Quem levou o presidente Lula à Baixada fui eu. Molon tem todo o direito de organizar um comício pelo PSB com o presidente Lula. E aí nesse comício eu não estarei. O Lula deixou muito claro que ele só tem um candidato ao Senado que sou eu. Não dá é pra forçar uma situação para se sair de vítima mais uma vez.
O Globo – A atual bancada do Rio no Senado é formada por três senadores do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Como avalia a atuação deles?
Ceciliano – Primeiro lamento que o Romário, mesmo após mais de 650 mil mortos (na pandemia), se defina como candidato do Bolsonaro. É muito ruim para o Estado do Rio ter três senadores bolsonaristas.
O Globo – Mas o senhor vem aparecendo em agendas e santinhos de candidatos do PL como o próprio candidato ao governo Cláudio Castro.
Ceciliano – Nunca participei do palanque do Cláudio Castro. Parlamentares de outros partidos fazendo material com a minha fotografia é natural pela minha atuação na Assembleia, pela convivência desses anos. Eu já vi foto do Cláudio com Lula e a minha foto. Mas todo o meu material está hoje com o candidato Marcelo Freixo com o presidente (Lula).
O Globo – Qual seria a principal bandeira da sua atuação no Senado?
Ceciliano – A gente precisa ter um senador que vai discutir o Rio, discutir a retomada da indústria naval, do setor de petróleo e gás, que significa um terço do nosso PIB, a retomada das obras federais.
Fonte: agendadopoder.com.br
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