Pesquisa Intelligence mostra reviravolta na disputa pelo Senado: Romário segue líder mas Ceciliano ultrapassa Molon e chega ao segundo lugar

 


 

Levantamento da  Intelligence Pesquisa e Comunicação, divulgado nesta quinta-feira mostra uma possível reviravolta na disputa pelo Senado. O candidato Romário (PL) segue na liderança, com 27%. Mas  o candidato do PT, André Ceciliano, aparece em segundo lugar com 12% das intenções de voto e na frente de Alessandro Molon (PSB), com apenas 9%. Na sequência, aparecem Clarissa Garotinho (PROS) e Cabo Daciolo (PDT), ambos com 6%. Brancos e nulos somam 14% e o número de entrevistados que não souberam ou não quiseram responder chegou a 26%.

O instituto também quis saber como seriam as intenções de voto dos eleitores para os postulantes ao Senado com o apoio dos candidatos à Presidência da República e ao governo do estado. Com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o candidato Romário se mantém estável, com 26% das intenções de voto. Já André Ceciliano, com o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobe para 24% e empata tecnicamente com Romário.

A candidata Clarissa Garotinho também sobe com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, aparecendo com 14% das intenções de voto. Com o apoio de Marcelo Freixo, o candidato Alessandro Molon permanece tecnicamente estável, com 7%. O mesmo acontece com Cabo Daciolo que, diante do apoio de Ciro Gomes (PDT), mantem o percentual de 6%. Brancos e nulos somam 13%. Não sabem ou não responderam ficou em 10%.

Para a professora de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGCS), Mayra Goulart, o fato de ter o nome ligado a um candidato de grande popularidade pode, sim, levar a uma transferência de votos. “É o que a gente chama de efeito coattail, que é a transferência de votos de um candidato de uma instância para outra, como um candidato a presidente transferindo prestígio a um candidato ao governo, ao Senado, ao Congresso”, explica Mayra.

Coordenadora do Laboratório de Partidos Eleições e Política Comparada (LAPPCOM), Mayra destaca que essas pesquisas feitas com muita antecedência não são muito significativas, uma vez que o voto para o Legislativo só é realmente definido na reta final da campanha. “O que essa pesquisas mostram é o recall dos candidatos, quais são mais conhecidos em relação aos outros. Mas esse conhecimento não vai necessariamente se converter em um resultado eleitoral, não significa que o candidato mais conhecido vai ser mais bem votado que o outro”, avalia a especialista.

Mayra conta ainda que o efeito coattail pode ser tanto padrão — quando um candidato de maior instância transfere votos para um de menor instância —, quanto reverso. Nesse caso, ele acontece, quando um postulante de menor instância transfere para outro de uma instância maior. “Esse potencial de crescimento do Ceciliano, a princípio, não tem esse recall, porque ele não era conhecido, não foi jogador de futebol, não foi para a Copa do Mundo. Mas ele tem uma grande penetração nas políticas locais por ter sido presidente da Alerj, e por isso acaba tendo os dois efeito, recebendo votos tanto de Lula, quanto de vereadores e prefeitos que o apoiam”, explica a coordenadora.

A pesquisa ouviu pessoalmente 1.200 eleitores do Estado do Rio com idade igual ou superior a 16 anos entre os dias 16 e 18 de setembro. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O estudo foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a inscrição RJ-06428/2022.

 

Fonte: agendadopoder.com.br

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