SETEMBRO AMARELO. A VIDA A SER (VI)VIDA!

 

SETEMBRO AMARELO. A VIDA A SER (VI)VIDA!

(Plenitude e escolhas. Valorização da vida)

 

            “Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos; quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez”.

               Setembro amarelo. Não é pelo mês. Não é pela cor. É pela pessoa. Não pelo cargo que ocupa. É pela dor que se vive. A dor da gente (como a gente).

            Muitas das vezes uma dor invisível, que está bem ali e não se nota. Que nos faz pequenos e com medo de se expor. De falar. Ser humano e falho machuca, magoa, diminui! Para piorar é tabu arraigado em nossa cultura e com forte afronta à questão religiosa. Visto como um fracasso.  

            Neste mês de setembro os órgãos do governo (até da ONU – agenda da OMS) e muitas organizações privadas registram com palestras, debates e seminários o tema a que não se quer dar voz: o suicídio. A prevenção ao suicídio.

            Dados oficiais apontam no Brasil cerca de 12 mil casos ao ano – especialmente entre os mais jovens. “A prevenção requer o fortalecimento de laços interpessoais, próprio do ser humano: acolhimento do próximo, na sua integralidade, no conjunto de suas emoções; necessidades e histórias de vida - seja em casa, na família, na comunidade ou no ambiente de trabalho” (Presidente do TST e do CSJT, ministro Emmanoel Pereira).

            No ambiente laboral o suicídio soma números assustadores e crescentes. O processo de humilhação constante, que gera o assédio moral, o estresse cronificado em função de metas, o olhar de soslaio de segregação racial, entre outros fatores, podem levar à ideação suicida. O trabalho deve ser um lugar onde o indivíduo encontra vida. Onde se realiza ao mesmo tempo em que busca o próprio sustento e o de sua família.   

            Precisamos de políticas públicas de prevenção. Prevenção ao suicídio é uma ciência, com dados sustentados pela ciência. Desde 2019 o Brasil conta com uma política específica (Política Nacional de Prevenção da Automotilação e do Suicídio).      O tema é multifacetado. Exige ação interdisciplinar. Para além da cor e do mês.     

            Outro fator importante é não se deixar levar por pessoas e instituições que não possuem capacidade, tampouco autorização para debater sobre o tema e que estão por aí nas mídias. Cuidado com quem não tem conhecimento e autoridade no tema!

            A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou em 2021 um guia informativo que pretende implementar a abordagem “Live Life” na prevenção mundial do suicídio. O documento, chamado “Suicídio no mundo todo em 2019”, aponta que mais de 700.000 pessoas morreram por suicídio em todos os anos no mundo, ultrapassando a taxa de mortes causadas por HIV, malária e câncer de mama.

            Reduzir a taxa global de mortalidade por suicídio em um terço até 2030 é um indicador e uma meta nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS) e no Plano de Ação de Saúde Mental Abrangente da Organização Mundial da Saúde 2013–2030 (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2021a).

            Cada suicídio é uma tragédia.

             Um gesto de autodestruição realizado em razão do desejo de morrer ou de dar fim à dor emocional. O desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo. A consequência final de todo um processo.

             Já choramos muito. Muitos se perderam no caminho. Mesmo assim, não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer Sol de primavera, abre as janelas do meu peito. A lição sabemos de cor. Só nos resta aprender”.

             Se precisar, peça ajuda!

 


Procurador Municipal Ronaldo borges/Ronan (drronan.com.br)  

- Advogado do Município – Procurador – 1º lugar no concurso público Bom Jesus/RJ

 - professor de Direito

- Pós-graduaçao em DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL

- Pós-graduação em DIREITO PÚBLICO

-Pós-Graduação em GESTÃO EDUCACIONAL E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

- Um ano Mestrado UENF_Campos_RJ_2019

- Formado em DIREITO E CIÊNCIAS SOCIAIS

  

Por: Adriano Souza

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