Qual a dimensão dentro das prioridades sociais do governo deste, digamos, relançamento do programa Minha Casa, Minha Vida?
Em primeiro lugar, relançar o Minha Casa, Minha Vida mostra que estamos colocando o povo, especialmente as pessoas mais pobres e necessitadas, novamente no Orçamento. A ideia é retomar a construção de moradias, em especial para as pessoas mais carentes, com valores subsidiados, para que essas pessoas consigam realizar o sonho da casa própria. Governar é cuidar das pessoas, em vez de deixá-las morando em condições precárias ou endividadas para o resto de suas vidas. Relançar o Minha Casa, Minha Vida também simboliza a reconstrução deste País. Minha obsessão é acabar com a fome e a miséria, retomar aquilo que tínhamos conseguido a duras penas até 2016. Mas não basta garantir que as pessoas façam três refeições por dia. Elas também precisam morar com dignidade. Elas também precisam de empregos, e para isso é necessário que a roda da economia volte a girar. Além de combater o déficit habitacional, o Minha Casa, Minha Vida fortalece a cadeia de materiais de construção e a própria construção civil, um dos setores que mais empregam trabalhadores neste País. (…)
O senhor considera que a ameaça golpista já é um assunto superado no País?
Infelizmente, nos últimos anos a extrema-direita se estabeleceu como força política internacional, com braços em diversos países importantes e capilaridade nas redes sociais. Guardadas as devidas proporções, seus métodos violentos de recusa ao Estado de Direito e às instituições democráticas mostraram sua face tanto na invasão do Capitólio quanto na tentativa de golpe de 8 de janeiro no Brasil. Esse é um fenômeno global, possibilitado pelo alcance ilimitado da internet e alimentado pelas fake news. Na minha visita recente aos Estados Unidos, indiquei ao presidente Joe Biden a importância da defesa da democracia contra a violência política, o discurso de ódio e a desinformação. No Brasil, trabalharemos por normas que garantam a liberdade de expressão em um ambiente digital democrático e livre de descaminhos. Faremos isso com muito debate com a sociedade, com os especialistas, com os empresários e com o parlamento. Esse não é um papel apenas do governo, cabe às grandes empresas do setor fazerem a sua parte, valorizando a inovação, o conhecimento científico, os negócios e o entretenimento sadio em vez do ódio, da desinformação e do extremismo. (…)
0 Comentários