O presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo da Bacia de Campos, prefeito Wladimir Garotinho, alertou à Febraban sobre os riscos de um calote generalizado das prefeituras da região caso o STF julgue pela mudança dos critérios de distribuição dos royalties prevista na 12.734/2012. Em ofício à entidade, Wladimir solicita o engajamento da instituição na luta pela preservação do modelo atual de distribuição dos recursos.
A maioria das prefeituras contraiu empréstimos junto às instituições bancárias lastreados na arrecadação dos royalties. Somente a Prefeitura de Campos dos Goycatazes tem R$ 800 milhões em operações de crédito com a Caixa Econômica Federal. A mudança prevista na lei sub júdice no STF geraria uma redução de 80% nos valores arrecadados pelos municípios produtores.
No documento, o presidente da Ompetro adverte a Febraban que caso a mudança prospere os munícipios, em absoluto colapso, vão ajuizar ações solicitando o não pagamento das instituições bancárias.
– Se isso passar, vou a uma serralheira fazer uma chave gigante da Prefeitura de Campos e entregar à cidade ao STF – avisa Wladimir Garotinho
O caso está na mesa de negociação do STF e, ao contrário das especulações difundidas na semana passada pelo senador Renan Calheiros, a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4917 não foi pautada. Como antecipou a Agenda do Poder, a mudança no regimento interno da Corte não obriga necessariamente os casos pendentes a serem pautados. Apenas os torna aptos a serem julgados. A pauta continua a ser uma prerrogativa exclusiva e indelegável da presidência da Corte.
Veja a redução dos royalties em cada município da Bacia de Campos com a mudança.
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