Lucinha ainda pode ter mandato cassado; presidente da Comissão de Ética considera caso ‘gravíssimo’

 

 

Andamento da ação, classificada pelo presidente da Comissão de Ética como “inédita”, deverá ser concluído em até 120 dias 


O presidente do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Julio Cesar Alves Da Rocha (Agir), afirmou que aguarda notificação da Procuradoria da Alerj para dar continuidade ao processo de investigação sobre o mandato da deputada Lucinha (PSD-RJ). Ela é investigada, desde dezembro do ano passado, por ligações com a milícia de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. Apesar de ter retornado nesta-terça à função no plenário, a parlamentar ainda pode ter cassação de seu mandato.

Lucinha é acusada de ao menos quatro crimes. Os indícios mais graves levantados, segundo promotores e policiais, contra a deputada estadual são suspeitas de interferência na segurança pública do Rio para a soltura de milicianos presos em flagrante; tentativa de mudança no comando do batalhão da PM em Santa Cruz, área sob domínio do Zinho; vazamento de informações sobre operações policiais para captura de milicianos; suspeita de atuação política para favorecer o transporte público de vans sob comando da milícia, na Zona Oeste.

Segundo explicou o deputado Julio Rocha, após receber a notificação do procurador da Casa, Robson Maciel, o Conselho tem até cinco dias para convocação da sessão para definir a escolha do relator do processo, ainda sem previsão.

Todo o andamento da ação, dita pelo presidente como “inédita”, uma vez que foi encaminhado diretamente para o Conselho de Ética — num processo normal deveria passar pela corregedoria — deverá ser concluído em até 120 dias.

O presidente Julio Rocha já afirmou que pretende ter acesso a todos os desdobramentos dos altos do processo apurado pelo Ministério Público do Rio e pela Polícia Federal que investiga o envolvimento de Lucinha com o miliciano Luiz Antonio da Silva Braga, Zinho.

– Apesar da Procuradoria ditar o rito do processo na Alerj, o mérito será julgado no plenário a partir do que for levantado pelo Conselho de Ética. As acusações são gravíssimas. Vamos tratar tudo com total transparência – afirmou o deputado.

Com informações de O Globo.



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