20 pessoas são indiciadas no caso do afundamento de bairros em Maceió, causado por exploração de sal-gema pela empresa Braskem

 

 

Irresponsabilidade da multinacional causou o afundamento do solo em cinco bairros da capital alagoana e levou 60 mil pessoas a deixarem suas casas

A Polícia Federal indiciou 20 pessoas por crimes relacionados à exploração de sal-gema pela empresa Braskem, em Maceió (AL). A exploração de uma mina causou o afundamento de bairros na capital, o que levou 60 mil pessoas a deixarem suas casas. Os autos do inquérito foram encaminhados ao Juízo da 2ª Vara Federal de Alagoas para as providências cabíveis.

O inquérito apurava indícios de que a exploração de sal-gema pela empresa na capital alagoana não seguia os parâmetros necessários para garantir a estabilidade das minas e a segurança da população. A polícia já havia apontado em operações anteriores indícios de que a empresa teria apresentado dados falsos e omitido informações das autoridades para manter o funcionamento das minas.

No Senado, houve abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o desastres. Ao final, a comissão aprovou um relatório pedindo 16 indiciamentos, incluindo de executivos e ex-funcionários da empresa petroquímica e da própria Braskem.

A exploração, realizada entre 1970 e 2019, causou o afundamento do solo em cinco bairros da capital alagoana. As primeiras pesquisas que comprovaram a possibilidade de um desnivelamento do solo no local foram publicadas em 2010. No entanto, o catástrofe só começou a se tornar evidente em 2018, quando rachaduras de 280 metros de extensão surgiram nas casas e ruas de bairros próximos à região de exploração.

A Braskem foi obrigada a interromper a mineração e evacuar os moradores das áreas mais afetadas. Desde 2019, mais de 14 mil imóveis precisaram ser desocupados, de acordo com a prefeitura.

Com informações do GLOBO.

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