Reunião de emergência do governo busca soluções, após EUA cortarem verba para organização da ONU que ajuda refugiados

 


Entidade que trabalha em Roraima, onde migrantes da Venezuela entram no país, deixará de receber US$ 5 milhões


O governo Lula organizou uma reunião de emergência na Casa Civil, nesta segunda-feira (27), às 15h, para discutir estratégias que reduzam o impacto da suspensão temporária de verbas dos Estados Unidos à Organização Internacional para as Migrações (OIM), braço da ONU que apoia migrantes e refugiados no Brasil.


A decisão, tomada pelo ex-presidente Donald Trump, bloqueia por 90 dias cerca de US$ 5 milhões destinados à OIM no país, comprometendo diretamente a Operação Acolhida, que desde 2018 regulariza a entrada de migrantes venezuelanos em Roraima e fornece assistência humanitária.


“Teremos impacto direto na manutenção, no custeio e no funcionamento de estruturas físicas e recursos humanos da OIM no Brasil. A suspensão parcial das atividades representa um desafio significativo para o gerenciamento da crise humanitária envolvendo migrantes e refugiados”, destacou a OIM.


Com o corte, a entidade anunciou que diversos serviços ficarão comprometidos, como regularização migratória, assistência humanitária, proteção, interiorização de migrantes e combate ao tráfico de pessoas. A redução de 60% dos recursos financiados pelos EUA também afeta centros de acolhimento e atendimento.


Diante da situação, o governo brasileiro planeja redistribuir as responsabilidades para ministérios que já atuam na Operação Acolhida, como Justiça, Defesa, Saúde e Desenvolvimento Social.


Segundo fontes do governo, a notificação oficial da suspensão foi recebida pela OIM no Brasil na noite de domingo (26), às 19h36. A medida é vista como um desafio à gestão da crise humanitária em curso e reforça a necessidade de mobilização interna para dar continuidade às ações de acolhimento e integração dos migrantes no país.


Com informações do g1

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